top of page

8. Influência

Em 2008, o antropólogo Michael Wesch, escreveu no seu artigo An Anthropological Introduction to YouTube: “YouTube: O local mais público do mundo, desde a privacidade dos nossos lares. O YouTube tem sido usado para diversos fins: uma caixinha politica, um palco de comédia, um púlpito religioso, uma tribuna de professor ou só uma maneira de chegar até ao vizinho do lado ou do outro lado do mundo, às pessoas de quem gostamos, a pessoas de quem queremos ou a quem nem sequer conhecemos”. [22]

 

8.1 Política

 

Dos primeiros contactos da politica mainstream com o YouTube, há a destacar, em 2006, o canal criado David Cameron, então líder da oposição no Reino Unido, assim como em 2007, os debates CNN/YouTube, em que os candidatos respondiam a perguntas feitas através de vídeos carregados na plataforma. Mas talvez o melhor exemplo da influência politica do YouTube seja a reeleição de Barack Obama em 2012. A campanha de Obama tinha um staff de 30 elementos a trabalhar exclusivamente em vídeos para o YouTube. A estratégia passava por pegar em usar vídeo do discurso do seu adversário Mitt Romney, e em poucas horas produzir vídeos com teixos do discurso, passando a imagem de que Romney era um capitalista que não entendia a classe média. [23]

 

Também na Primavera Árabe, as redes socias tiverem um papel chave no desenrolar dos protestos. Citando o sociólogo Philip N. Howard: “O Facebook era usado para agendar os protestos, o Twitter para coordenar e o YouTube para mostrar ao mundo. [3]

 

8.2 Educação

 

Desde desbloquear telemóveis a tratar da canalização, existem hoje no YouTube tutoriais de tudo o que se possa imaginar. No entanto, no que toca à educação, o melhor exemplo é a Khan Academy. Fundada em 2006 por Salman Khan, um analista financeiro, é o maior canal de vídeos relacionados com educação do YouTube e foi apelidada pela revista Forbes como “a maior escola do mundo”, contando hoje com mais de 1.2 mil milhão de visualizações. [23]

 

8.3 Cultura popular e Youtubers

 

Embora os vídeos mais vistos do YouTube sejam videoclips na sua maioria, e algumas das recentes estrelas pop tenham sido reveladas aí, os YouTubers são talvez o fenómeno que mais tem dado que falar. Segundo um artigo da a revista Variety, a chave para o seu sucesso reside na sua simplicidade e na facilidade com que se acede ao seu mundo. No mesmo artigo, facto de os vídeos serem muitas vezes gravados a partir dos seus quartos com matérias e técnicas de edição básicos parecem dar-lhes uma certa genuinidade apreciada especialmente pelo publico adolescente. [24]

 

8.4 Publicidade

 

Bons anúncios sempre foram apreciados pelo público. Mas YouTube não se tornou simplesmente num repositório para os melhores anúncios, na verdade mudou a essência do marketing. O spot de 30 segundos tornou-se num filme de 3 minutos. Em 2014, os 10 vídeos não musicais mais vistos do YouTube foram anúncios. Segundo especialistas, os utilizadores do YouTube não estão interessados em marcas, mas sim em vídeos que partilhem algum tipo de paixão com eles. Qualidade é fundamental quando se procura causar impacto emocional. [23]

bottom of page